Eu ia navegando.
Meu navio Finlândia foi
construído sabe onde?- no Rio de Janeiro.
Aí pintou o navio de branco, a
madeira de branco e, no final, pintaram de marrom e pintaram desenhos dos angry
birds nas laterais. Colocaram as três velas. Colocaram a âncora.
A primeira viagem era assim: nós
saímos daqui ó (praça da Garibaldi), nós damos um fora de Salvador e depois
passamos em São Luís para pegar mais crianças, são muitas.
Depois nós vamos até o Panamá
pegar mais crianças. Agora essa é a última viagem. Estamos passando no Oceano
Atlântico. Quando eu estava passando por aquelas pedrinhas pequenas, quer dizer,
no caminho daquele rochedo. O rochedo tem o tamanho de 20 mil metros de altura,
quer dizer, 20 metros de altura, muito alto. O navio pesava 30 toneladas e 305
metros de comprimento e 100 metros de altura. Era um navio muito alto. Esse é o
navio Finlândia.
Aí, no café da manhã, Guido
estava com uma xícara na mão e uma colher, cheia de chocolate quente. Aí eu
estava sentindo muito calor, que era verão, quer dizer horário de verão, 30
graus, 20 graus. Tá quente esse? – Não! Qual que é quente? 35 Graus!
Então eu já estava passando bem na
Europa e estava 35,17 graus. Estava muito quente. Então vi algumas pedrinhas,
coloquei o binóculo, com lentes maiores. Estava no lado ao contrário e eu vi
uma pedrona. Quando eu coloquei no lado certo era uma pedra grande. Era um
rochedo. Aí eu toquei o sino de alerta várias vezes. Aí eu atendi o telefone
para dizer: o que você viu. Vi um rochedo e tinha 9 pontos de exclamação! Eu
disse assim: há um rochedo bem em frente! Então Davi saiu correndo e gritou
também: “há um rochedo em frente”! Então eu desci, peguei a alavanca, e fiz assim
tchi, tchi, tchiz, aí o ponteiro mostrou para poder parar o navio. Então Bruno,
que estava na sala do motor, pegou a roda e girou e girou, que ficou tão
cansado. Os meninos da fornalha estavam pegando carvão, e estavam tão sujos,
pegando aquela ferramenta para poder apagar o fogo. O navio era tão rápido que
era tarde demais para poder parar. O navio bateu no rochedo. Os sete
compartimentos da coroa começaram a encher de água bem rápido. O estrago foi
bem na frente, como no Titanic. O meu navio Finlândia pode ser chamado de
Gigantic. O Gigantic bateu no rochedo, encheu os seus sete compartimentos e
começou a afundar pela proa. Eu disse assim: o estrago foi bem aqui pela proa. Aí
eu falei: são sete compartimentos danificados, mas os da popa não estão
danificados. A proa começa a inclinar. João Vítor Lélis disse: não, mas não há
navio que não afunda. Aí eu disse: ele é feito de madeira, é seguro que afunda.
Quando o navio começou a inclinar estava saindo fumaça pelos mastros, fazendo
muito barulho.